A pedido da Diretoria do Sindicato dos Auditores Fiscais do Rio Grande do Norte (Sindifern), a diretora-geral da Fundação Sintaf, Elenilda dos Santos, e a diretora administrativo-financeira da entidade, Joelina Barros, participaram da assembleia geral daquela base na manhã da última terça-feira (23), na sede do Sindifern, em Natal-RN, para apresentar o trabalho da Fundação.
Os diretores do Sindicato já haviam visitado a sede da Fundação Sintaf em abril deste ano, oportunidade em que tiraram dúvidas e externaram a ideia da Diretoria em criar a Fundação dos Auditores Fiscais do Rio Grande do Norte.
Para abrir os debates sobre o tema, o diretor administrativo e financeiro do Sindifern, Juarez Cavalcante, explicou que o projeto inicial era criar o Memorial do Fisco. Em seguida, surgiu a ideia de instituir uma Fundação para geri-lo. “No entanto, ao pesquisar sobre o tema, conheci a amplitude do trabalho dos cearenses, com a Fundação Sintaf”, destacou, passando a palavra para as diretoras da Fundação.
A diretora-geral, Elenilda dos Santos, afirmou que a Fundação Sintaf foi criada, em 2008, com o objetivo de compartilhar o conhecimento dos servidores fazendários. “Somos mais de 300 mestres e/ou doutores em economia, finanças públicas e diversas outras áreas. Precisamos dar a nossa contribuição como cidadãos”, asseverou. Elenilda explicou todo o processo de criação, manutenção e captação de recursos pela entidade. “A Fundação é um braço do Sintaf e promove ações que não são inerentes ao Sindicato: ensino, pesquisa, cultura e desenvolvimento tecnológico”, disse.
Entre as principais iniciativas está a especialização em Gestão Pública Municipal, ofertada pela Fundação Sintaf em conjunto com a Universidade do Parlamento Cearense (Unipace), por meio de convênio com a Assembleia Legislativa do Ceará. Também na área de ensino e pesquisa, a Fundação oferta cursos de formação profissional na área tributária, capacitações para administrações municipais e privadas, convênios para realização de mestrados e doutorados, além de realizar ciclos de palestras e encontros abertos à sociedade.
Responsabilidade Socioambiental
Sonho, trabalho e amor. Foi assim que a diretora administrativo-financeira da entidade, Joelina Barros, definiu o processo de criação do Programa de Responsabilidade Socioambiental da Fundação Sintaf – o Prosocial. O programa nasceu a partir de um projeto de inclusão social voltado às comunidades socialmente vulneráveis que residem no entorno das unidades da Sefaz, em especial a do Poço da Draga, idealizado pelo fazendário Neto Cysne. “Hoje o Prosocial é uma realidade e seu objetivo, além da capacitação, é promover a geração de renda e resgatar a cidadania dos moradores”, destacou Joelina.
Desde o início do Projeto, em 2012, foram realizados diversos cursos voltados à comunidade. Entre eles estão os de Corte e Costura, Empreendedorismo, Doces e Salgados, Redação, Manicure, Maquiagem, Mecânica de automóveis e de motos, Eletricista Predial e Informática Básica. Mais de 580 moradores da comunidade Poço da Draga foram beneficiados com as capacitações. O projeto conta com o apoio do Sintaf, da AAFEC, da Secretaria da Fazenda (Sefaz), da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Instituto Aldy Mentor e ONG Velaumar. “O Prosocial nasceu de um sonho, desenvolveu-se a partir de muito trabalho e só é possível graças ao amor que um grupo de fazendários voluntários tem por esse projeto”, concluiu Joelina, frisando que o projeto conta com uma equipe valorosa de servidores que se dedicam aos projetos sociais.
Evolução da categoria
Convidada a falar sobre os reflexos políticos para o Sintaf com a criação da Fundação, a assessora de Comunicação do Sindicato, Patrícia Guabiraba, afirmou que a iniciativa foi fundamental para que o Sintaf seja reconhecido, hoje, como um sindicato cidadão. “O apoio a pesquisas pela erradicação da pobreza, o trabalho de aperfeiçoamento da gestão pública dos municípios, os debates abertos à sociedade e o trabalho social da Fundação demonstraram, para a sociedade e para a classe política, que os fazendários cearenses não se preocupam apenas com suas lutas corporativas, mas com o desenvolvimento do Estado como um todo”, disse.
Entre os resultados positivos está a aprovação da Emenda Constitucional que garante a Lei Orgânica da Administração Fazendária do Ceará pelos 43 deputados estaduais presentes à seção do dia 26 de agosto de 2014. “O pleito foi aprovado por unanimidade e, em suas falas, os parlamentares reconheceram o trabalho desenvolvido pelo Sindicato e pela Fundação”, concluiu.