Ofice participa do II Encontro Internacional de Observatórios

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Pesquisadores do Observatório de Finanças Públicas do Ceará (Ofice), diretores do Sintaf e da Fundação Sintaf participaram, na manhã desta quarta-feira (04/12) do II Encontro Internacional de Observatórios. O evento, que acontece desde ontem na Assembleia Legislativa do Ceará, é promovido pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), por meio do Observatório de Fortaleza, em parceria com a Assembleia Legislativa, através da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace). O objetivo é discutir sobre a contribuição dos observatórios para a prática da boa governança das cidades, principalmente no incentivo da participação popular nos processos de elaboração e monitoramento das políticas públicas.


“Sustentabilidade, governança e inovação” é o tema do Encontro, que trouxe a Fortaleza o Prof. Dr. Antonio Lafuente García, pesquisador do Centro de Ciências Humanas e Sociais do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) e idealizador do Laboratório Cidadão em Madri (Espanha), além do Prof. Dr. Manuel Gama, coordenador do Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura da Universidade do Minho (Braga/Portugal).


O público contou ainda com o compartilhamento de experiências locais, a exemplo da estratégia de sustentabilidade do Observatório da Indústria, com o gerente de Economia e Estratégia do Observatório da Indústria (FIEC), Guilherme Muchale; considerações de um estudo sobre os Conselhos de Gestão de Políticas Públicas Municipais, com o coordenador do Laboratório de Gestão Inteligente de Cidades da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Prof. Dr. Hermano Carvalho; e a experiência do Instituto Plácido Castelo (IPC) como membro da Rede Estadual de Escolas de Governo, com a diretora executiva do IPC, Maria Hilária de Sá Barreto.


Objetivo comum


Para o Prof. Dr. Manuel Gama, coordenador do Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura da Universidade do Minho (Braga/Portugal), as diferenças entre os observatórios é a sua mais-valia. Em sua palestra, o professor apresentou a visão de vários pesquisadores sobre o tema, com o intuito de levar o público a refletir sobre o objetivo de criar uma rede de observatórios. “As redes são instrumentos de ordenamento, qualificação, coesão. A questão da viabilidade financeira é importante, mas não pode ser o que nos move. É fundamental um propósito comum”, evidenciou. Segundo o professor, mais importante do que o aspecto financeiro é o processo de comunicação das ações dos Observatórios.


Sobre os principais desafios a serem superados, o professor destacou que a rede funciona como um sistema vivo. “Ela é feita por pessoas por trás das organizações, e por isso deve haver diálogo, comunicação, construção coletiva. Não há um caminho único para a criação e manutenção destas redes”, afirmou.



“Os observatórios têm um papel muito importante para a sociedade, dentro de suas áreas, porque informam a população sobre os dados constantes nos relatórios oficiais em linguagem mais acessível”, sublinhou Lúcio Maia, diretor de Organização do Sintaf e pesquisador sênior do Observatório de Finanças Públicas do Ceará (Ofice).

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